quarta-feira, 22 de junho de 2011

Produção de texto na escola e na vida

Confirmando boa parte do que discutimos neste blog e em sala de aula, esse vídeo do professor William R CerejaDoutorado em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem, da divulgação de seu livro didático para Atual Editora, é bem elucidativo.

Fala de forma simples e clara o quê e como deveria ser a produção de texto na escola: interligada à vida. Não uma produção vazia e num amontoado de frases sem sentido, onde o aluno mostraria que sabe escrever. Mas de uma forma aplicada, coerente, material.

Se é necessário escrever cartas, façamos um projeto e direcionemos essas cartas à Direção da escola, a outra turma. Abaixo assinado? vamos, aprendendo a escrever um abaixo assinado, pedir a Associação de Bairros que providencie um quebra molas na porta da escola. E assim por diante.

Aplicando a produção de texto com a realidade do aluno teremos com certeza um cidadão preparado para a sociedade, além, é óbvio, de um bom escritor.


terça-feira, 21 de junho de 2011

Algumas conclusões...

COESÃO E COERÊNCIA
 Por Jenail Luciana


              Muitos estudantes se atormentam com a coesão e a coerência. Mas, para ser mais preciso é necessário defini-las, pois ajudaria na compreensão dos discentes para elaborar um bom texto. Quando se fala de texto, fala-se de unidade a qual tem relação com coerência e coesão.
             Uma definição de coerência seria unidade de sentido; e coesão, "amarrar" as idéias. Já que a primeira depende da ordenação das idéias; ou seja, do plano do texto e o tema proposto; também dos argumentos, é dizer, da clareza. Clareza consiste em ler o texto, e compreender como está organizada a produção escrita. Quando ele vai redigir, deve planejar as idéias e a intenção comunicativa; portanto, ser claro é como  ver os peixes no fundo do mar.

              Então, ser claro é ser coerente com a ordem das palavras e vocábulos, e dizer, não se contradizer, não confundir o leitor; ou seja, não pôr enunciados desconexos. Então, para escrever sobre coerência, o discente deve estar atento que não haja duas  interpretações, se as informações não harmonizam umas com as outras, o texto é incoerente.
              Quando não se organizam as ideias e as palavras adequadas para o texto, ele fica confusa. Para o texto ser coerente, é necessário que haja uma ligação significativa entre diversas partes; portanto, tudo tem que se escrever logicamente. Então, as classes de palavras, como os substantivos e os verbos devem unidos não apenas para somar ideias, mas também para ter base para que haja sentido no texto.
                 A segunda explicação é sobre coesão. Mas, como "amarrar" as idéias no texto, através das ligações entre frases e parágrafos? Segundo Garcez (2001, p, 115), "quando os mecanismos de coesão textual não são bem utilizados, seja dentro do período, seja entre os períodos ou parágrafos, o texto se prejudica". Esses tecidos ajudam a ter relação na hora de dar significado ao ato de escrever. É complicado relacionar todos os problemas de coesão. Agora, para entender a coesão em profundidade:  
                 A coesão, no entanto, não é só esse processo de olhar constantemente para trás. É também o de olhar para adiante. Um termo pode esclarecer-se somente na frase seguinte. Se minha frase inicial for: João tinha um grande desejo, estou criando um movimento para adiante. Só vamos saber de que desejo se trata na próxima frase: Ele queria ser médico. O importante é cada enunciado estabelecer relações estreitas com os outros a fim de tornar sólida a estrutura do texto. Mas não basta costurar uma frase a outra para dizer que estamos escrevendo bem. Além da coesão, é preciso pensar na coerência. Você pode escrever um texto coeso sem ser coerente.
                  Ou seja,  para fazer qualquer texto, deve-se estar atento à coesão e à coerência. A turma tem que saber como ligar a frase seguinte à anterior, ou seja, não perder o fio do pensamento; e ainda, na frase não ter duplo sentido; para não ter incoerência.
                   O texto também deve possuir uma propriedade básica que é constituir uma unidade semântica. A ocorrência lingüística, para ser texto, tem que ser recebida pelo receptor como um todo significativo. A coerência é o responsável pelo sentido do texto, seus constituintes lingüísticos devem estar integrados e que faça o texto se mostre coeso.
Como podemos perceber, a coesão e a coerência devem estar presentes no corpo todo do texto, para que ele faça sentido, estabeleça relações entre as idéias que o escritor quer passar e seja compreendido pelo leitor. A falta de um desses elementos faz com que o texto perca o sentido e se apresente de forma contraditória. Causado pela incoerência do uso dos elementos de coesão textual.

Referências Bibliográficas:
Site: www.mailxmail.com (acesso dia 17/06/2011)
  • Costa Val, Maria da Graças. Redação e Textualidade/ Maria da Graças Val.- São Paulo: Martins Fontes,1994.- (texto e linguagem).

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Mágramática

Composição : Fernando Anitelli





Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser
Todo verbo é livre para ser direto ou indireto
Nenhum predicado será prejudicado
Nem tampouco a frase, nem a crase
Nem a vírgula e ponto final
Afinal, a má gramática da vida
Nos põe entre pausas
Entre vírgulas
E estar entre vírgulas
Pode ser aposto
E eu aposto o oposto
Que vou cativar a todos
Sendo apenas um sujeito simples
Um sujeito e sua visão
Sua pressa e sua prece
Que enxerguemos o fato
De termos acessórios para a nossa oração
Adjuntos ou separados
Nominais ou não
Façamos parte do contexto
Sejamos todas as capas de edição especial
Mas, porém, contudo, todavia, não obstante
Sejamos também a contracapa
Porque ser a capa e ser contracapa
É a beleza da contradição
É negar a si mesmo
E negar-se a si mesmo
É muitas vezes encontrar-se com Deus
Com o teu Deus
Sem horas e sem dores
Que nesse momento em que cada um se encontra agora
Um possa se encontrar no outro
E o outro no um
Até por que
Tem horas que a gente se pergunta...
Porque é que não se junta tudo numa coisa só?




Por Daniele R MAciel

domingo, 19 de junho de 2011

PaLaVRa

(Teatro Mágico)



Composição : Fernando Anitelli
Palavra, tenho que escolher a mais bonita,
Para poder dizer coisas do coração.
Dar a letra de quem lê.
Toda palavra escrita ou rabiscada,
No joelho, guardanapo ou chão.
Ponto, pula linha, travessão.
E a palavra vem.
Pequena, querendo se esconder no silêncio,
Querendo se fazer de oração.
Baixinha, como a altura da intenção e na insegurança.
Vírgula, parênteses, exclamação.
Ponto, pula linha, travessão.
E a palavra vem...
Vem sozinha,
Que a minha frase invento pra te convencer.
Vem sozinha,
Se o texto é curto aumento pra te convencer.
Palavra, simples como qualquer palavra
Que eu já não precise falar
Simples como qualquer palavra,
Que de algum modo eu pude mostrar.
Simples como qualquer palavra,
Como qualquer palavra...



O TEATRO MÁGICO 
Saiba mais sobre o grupo acessando  http://oteatromagico.mus.br/wordpress/




Por Daniele R Maciel

Alguns Trabalhos...

Postaremos a seguir, alguns trabalhos sobre produção de Texto apresentados ao CEALE.

A lenda do_gachorro_-_oficina_de_leitura (1)
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Historia da amor
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domingo, 12 de junho de 2011

As muitas leituras....

Na apresentação deste blog em sala de aula, justificava a escolha de nossa imagem à professora, dizendo que apesar das várias hipóteses formuladas jamais poderíamos afirmar com certeza o que ocorrera levando o artista Pré-Histórico  a registrar seu cotidiano.
Amante da leitura e tendo em casa vários exemplares, diversos títulos e tipos de textos, achei essa estória do Maurício de Souza, publicada no número 11 do "Almanaque da Turma da Mônica" de Setembro de 2008,  que ilustra bem isso.
Narra a interpretação do personagem de algumas pinturas pré-históricas. É uma história hipotética, como no próprio decorrer é apontado (..."homem e tiranossauro não viveram na mesma época...") mas ilustra o que mencionei.


(caso tenha dificuldade em visualizar, clique na imagem para  amplia-la)



Então, serve-nos de exemplo para nossas salas de aula: a interpretação das imagens pelos alunos, sejam crianças ou não, nem sempre será a mesma que a nossa. Ou mesmo, a esperada.
Ao professor cabe a delicadeza de ler nas entrelinhas do texto as possíveis interpretações e estar aberto a outras. Pois como nos diz Paulo Freire 
"Ninguém educa ninguém,
 ninguém educa a si mesmo,
 os homens se educam entre si, 
mediatizados pelo mundo."




quarta-feira, 8 de junho de 2011

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Produção de texto

Produção de Texto



Sabemos que expressar verbalmente através de produções textuais é uma das dificuldades que acomete a maioria dos estudantes, diante dessa realidade, vamos tentar entender porque muito aluno vê a produção textual como um obstáculo na sua vida escolar.
O conhecimento do sistema alfabético não é um pré-requisito para a elaboração de um texto. Definir o conteúdo que será escrito, adequá-lo a um propósito comunicativo e organizar as ideias são comportamentos escritores que não dependem da representação gráfica das palavras e que as crianças devem praticar desde a pré-escola. Uma das maneiras de trabalhar esses conteúdos é o ditado que os alunos fazem para o professor, o que torna possível às crianças se perceberem capazes de escrever antes de estar alfabetizadas.
  Todo mundo já ouviu a noção de que, para escrever bem, é preciso ler bem. À primeira vista, parece um princípio básico e indiscutível do ensino da Língua Portuguesa. Tanto que a opção de nove entre dez professores tem sido propor aos alunos a tarefa. Ler muito, ler de tudo, na esperança de que os textos automaticamente melhorem de qualidade. E, muitas vezes, a garotada de fato devora página atrás de página, mas a tal evolução simplesmente não aparece. Por que será?
Antes de tudo, ninguém aqui vai defender que não se deva dar livros às crianças. A leitura diária é, sim, uma necessidade para o letramento. Mas ler para escrever bem exige outra pergunta: de qual leitura estamos falando? Para fazer avançar a escrita, a prática não pode ser um ato descompromissado, sem foco. Pelo contrário: exige intenção e um encadeamento bem definido de atividades, que tenham como principal objetivo mostrar como redigir textos específicos. 

"A leitura para escrever é um momento especial, que coloca os estudantes numa posição de leitor diferente da que usualmente ocupam. Afinal, a tarefa deles será encontrar aspectos do texto que auxiliem a resolver seus próprios problemas de escrita".
Cada tipo de texto tem uma forma específica de dizer determinadas coisas. "Era uma vez", por exemplo, é certamente a forma mais tradicional de dar início a um conto de fadas (note que ela não seria adequada para uma composição informativa ou instrucional). Além de colaborar para que a turma identifique essas construções, a leitura de contos clássicos pode municiá-la de alternativas para fugir do lugar-comum. O Príncipe-Rã ou Henrique de Ferro, na versão dos Irmãos Grimm, começa assim: "Num tempo que já se foi, quando ainda aconteciam encantamentos, viveu um rei que tinha uma porção de filhas, todas lindas”. Trazendo elementos importantes para a compreensão da trama, a explicitação de intenções e estados mentais ajuda a construir as imagens de cada um dos personagens, aproximando-os ou afastando-os do leitor. Em O Soldadinho de Chumbo, Hans Christian Andersen desvela em poucas linhas os traços da personalidade tímida, amorosa e respeitosa do protagonista: 
"O soldadinho olhou para a bailarina, ainda mais apaixonado: ela olhou para ele, mas não trocaram palavra alguma. Ele desejava conversar, mas não ousava. Sentia-se feliz apenas por estar novamente perto dela e poder contemplá-la".
É possível controlar a velocidade da história usando expressões que indiquem a intensidade da passagem do tempo ("vagarosamente", "após longa espera", "de repente", "num estalo" etc.). Outros recursos mais sofisticados são recorrer a flashbacks ou divagações dos personagens (para retardar a história) ou enfileirar uma ação atrás da outra (para acelerar). Charles Perrault combina construções temporais e encadeamento de fatos para gerar um clima agitado e tenso neste trecho de Chapeuzinho Vermelho: "O lobo lançou-se sobre a boa mulher e a devorou num segundo, pois fazia mais de três dias que não comia. Em seguida, fechou a porta e se deitou na cama".

Portanto, apesar de não saber produzir textos de vários gêneros e nem ter a leitura como prática cotidiana é possível ensinar aos alunos a escrever bons textos.
Revisar o próprio texto é parte fundamental do processo de escrita. estimular esse hábito e garantir os instrumentos necessários para que cada um assuma a responsabilidade pela tarefa. O segredo é ensinar algumas operações básicas de revisão, como cortar palavras ou trechos excessivos, substituir expressões vagas ou inadequadas, acrescentar elementos para tornar pensamentos mais claros, inverter termos ou sequências para conferir maior expressividade ou organizar mais claramente as ideias.
A produção de texto deve ser inserida desde os primeiros anos da vida escolar da criança, para que essa atividade contemple o domínio das características formais da escrita nos diferentes gêneros textuais que circulam na sociedade. Será necessário trabalhar com textos que tenham alguma função social de uso e sentido ás praticas da escrita na sala de aula, essas são algumas das ferramentas que o professor deve utilizar para quebrar as barreiras que os alunos encontram na hora de produzir um texto.










Bibliografia:

·        Teberosky, Ana. Aprendendo a Escrever.
·        Batista, Antônio Augusto Gomes. Planejamento da Alfabetização: Capacidades e atividades. Antônio Augusto Batista Gomes, ET al. Belo Horizonte: Ceale, 2006. (Coleção Instrumentos da Alfabetização; 6).




Escrito por Jenail Luciana